segunda-feira, 15 de julho de 2013

As flores e a Rosa.


Amei muitas criaturas,
cores, mulheres, flores dengosas...
Mas não, jamais, meus senhores,
tive o deleite de conhecer uma rosa.
Violeta era minha cigana mulata,
qual acreditava em baboseiras da sorte.
Um dia, leu meus lábios rachados
e junto deles avistou apenas a morte.
Ao raiar de mais um sol dormente
conheci a doce e bela Margarida.
Aconteceu que os zangões era muitos
e os cachos dourados logo deixaram minha vida.
Numa noite quente de Ipanema,
fui me deslumbrar por uma pinha.
Só podia ser fruto do infortúnio...
Era a garota do Poetinha!
Até nos abraços da Azaléia
meu coração continuou solitário e frio.
Não bastaram mil damas-da-noite
ainda estou vazio.
Portanto insisto em buscar desesperado
em todos os asteroides e roseiras
o vermelho enlouquecedor e atraente
de uma paixão verdadeira.

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