quarta-feira, 10 de julho de 2013

Impressionismo.

Eu via o infinito. A serra costurava o horizonte e se entrelaçava com a abóbada celeste. Quase como num quadro, verdes e azuis eram um só. A vista, muito melhor que a mais cobiçada paisagem de Monet, tinha meus próprios olhos. Cada nuvem transmitia um sonho, o cheiro de mato fresco lembrava infância...
A melodia serena não era quebrada pelo papaguear das pessoas. Ouviam-se apenas pardais, tico-ticos, tizius, bem-te-vis e o assovio da brisa gélida. Foram minutos de paz profunda, quando não existia amanhã, tão pouco ontem. Nada mais era relevante naquele momento, ele em si bastava para perdurar na eternidade.

Nenhum comentário :

Postar um comentário