domingo, 4 de agosto de 2013

Amanheceu.

É madrugada.
As estrelas me servem de companhia,
tanto o Cruzeiro do Sul
como as famosas Três Marias.
Vejo-me Medusa, mas peço
a Zeus para ser quimera.
Não quero me limitar em ser uma só.
Sou o infinito.
E que o cinturão de Órion
seja deslumbrado por isso.
O sem fim rende-se ao palpável.
O mundo é mais bonito,
quase inigualável.
Que sonhem os exagerados,
pois beleza não alimenta a alma.
Com os lábios lambuzados de poesia,
vejo o prata escaldante amar a noite.
De repente, num passe de mágica,
numa troca de fantasia,
sem pedir licença ou ter cortesia...
Amanhece.

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