quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Vitória de Pirro.

Fora outra vitória de Pirro? A referta miséria fora erradicada? Adiantara enfrentar um mundaréu de chaminés petrolíferas para se trancafiar em um cubículo de máquinas e carpete? Trouxe a tal da felicidade? Ou satisfação financeira? Reconhecimento social, talvez… Mas se o espírito era necessário, mal havia nexo. Não era a poesia que alimentava a alma? A música, as praias, as montanhas e vales… Precisávamos fazer arte para concretizar a esperança e estávamos todos lá, na selva de concreto. Queríamos o regozijo, porém mal víamos o sol. Como seria possível tal paradoxo? Existir sem a fonte vital… Quanta alienação era vendida nas ruas? Quanta ignorância cabia na nossa juventude? Diziam que aquela realidade fajuta se chamava vida. O que sabiam aqueles infortunados? Que entediam sobre viver? Nasceram e morreram na mesma caixa, nós a demolimos. Talvez seja por isso que ainda respiramos, não temos fuligem nos pulmões. E estamos aqui a destino de que? Sermos velhos hipócritas que vivem das glórias passadas? Que glórias? Não há nada que não tenha se perdido na arrogância do pseudoconhecimento. Vencemos os anos a que custo se não a própria morte? Amamos qualquer lembrança como se não fossemos egoístas e nos agarramos a qualquer promessa como se nunca houvéssemos as quebrado. Cadê a liberdade do lado de fora? Onde fomos parar?

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