sábado, 2 de novembro de 2013

Silêncio.

Resolvi ficar na quietude.
Instantes apenas.
Minha voz atrofiou
no eco do vento.
Rouquidão.
Não existiam mais gritos
em meus poemas.
Silêncio não é coisa desse mundo.
Tudo se movimenta no vácuo,
mas no vácuo não tem som.
Um nada extraterrestre o seria.
Solidão.
Abracei meu travesseiro
e dissequei meus dilemas.
Problemas, problemas, problemas.
Como se cala a boca de dentro?
As minhocas são barulhentas.
Mente, minta para mim
e me dê repouso.
Conte-me uma mentira
que sussurre nos meus ouvidos...
Não,não diga!
Sem vozes.
Cem vozes na minha cabeça.
E pensar que eu só ansiava
um minuto sereno...
Ganhei uma serenata
sem querer ganhá-la.
Música barata.
Amor sem tempo.
Que coisa é essa de sentimento?
É balburdia, é alarido.
Barulho excessivo.
Porém, algazarra - não quero mais.

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