sexta-feira, 6 de junho de 2014

Encontro.

Enfim a caneta tocava o papel. A tinta acariciava a folha e as letras escorriam pelas linhas.
Os dias separados pareciam infindas eternidades. A mão sentia falta de dançar nas metáforas e assonâncias. Os calos, cultivados por anos, queriam fazer os dedos doerem. E cada um dos dedos não viam a hora de ser doído.
A colisão de tantas palavras reprimidas faiscava e, então, se fazia o fogo n'alma. Ardia e despia a mente. Suspiros... O alívio era tão descarado quando a saudade fora antes do encontro. As estrofes se saciavam de versos, os versos engoliam as rimas. Tudo se apressava para tardar, mas o tardar corria para os braços de ninar do fim.